Edercc - Para quem gosta de Automoveis

terça-feira, janeiro 31, 2006

Novo Volvo S80



A Volvo revelou as primeiras fotos oficiais do novo S80. As linhas continuam dentro do conceito "quadrado" da marca, mas de forma mais suave e dinâmica. A traseira, vista de alguns ângulos, apresenta semelhanças com o Saab 9/3, mas nem por isso deixa de ser diferente e apelativa. Quanto a motores, a maior novidade cabe à introdução do motor V8 de 315cv, extremamente compacto, já utilizado recentemente no SUV XC90. Esta motorização estará disponível única e exclusivamente com tracção às quatro.
Resta-nos esperar pelo Salão de Genebra para conhecer mais sobre o modelo.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Inédito neste Blog! Notícia sobre gastronomia...


Arthur Boyt lançou recentemente um livro de receitas, no mínimo, curioso. É que este homem, entusiasta conservador da vida animal, sugere uma série de receitas para cozinhar animais atropelados na estrada! Sim, leu bem! Este senhor considera que é uma boa forma de experimentar comida alternativa e de forma gratuita. Ele afirma que a carne é perfeitamente segura de comer desde que seja devidamente cozinhada.

Algumas das iguarias que ele já experimentou vão desde ouriços, raposas, esquilos, doninhas, veados, cães, gatos e até morcegos... Ele refere inclusive que a carne mais apetitosa que já provou foi de um cão da raça Labrador... Mas atenção: trata-se de animais mortos acidentalmente e nunca intencionalmente. Para além disso, convém diferenciar a carne “fresca” e nunca utilizar corpos já num estado avançado de putrefacção.

Ora aqui está uma boa proposta de culinária para o fim-de-semana. Vou convidar os meus amigos para um jantar diferente... Alguém está interessado?

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Volvo C30 - Missão: cativar os jovens


Os Hatchbacks (dois volumes com três ou cinco portas), são dos modelos com mais sucesso no mercado, principalmente na Europa. Uma boa fatia das vendas vai para os designados Hatchbacks Premium, ou seja, apresentam as mesmas características mas estão num nível de qualidade superior (e de preço também...). Exemplos disso são o Volkswagen Golf, o Audi A3, Mercedes Classe A, Alfa Romeu 147 ou, o recém-chegado, BMW série 1. Tendo consciência disso, a Volvo apresentou no salão de Detroit aquele que será o seu futuro Hatchback de luxo, procurando atingir dois objectivos principais: mudar a imagem da marca, cativando uma clientela mais jovem e aumentar as vendas de modo a atingir as 600 mil unidades/ano.
Parece que a fórmula poderá ter mesmo sucesso, julgando pelo design atractivo, robusto e desportivo do carro. O protótipo possuía um motor 5 cilindros turbo com 2400cc, capaz de debitar 260cv. Decerto que a gama de motores, quando chegar ao mercado, será semelhante à do modelo S40. Para além disso, a viatura exposta tinha apenas 4 lugares, não se sabendo ao certo qual será a decisão da marca.
Outro aspecto que também ainda está por definir será o sistema de tracção, residindo a dúvida entre tracção dianteira ou às quatro rodas. Por um lado, o carro fica mais leve e ágil só com tracção à frente, mas um sistema de tracção às quatro iria ajudar a domar os cavalos das versões mais potentes.


quarta-feira, janeiro 25, 2006

Lexus LS460 - Nave Espacial...



A Lexus, marca de luxo da Toyota, apresentou no salão de Detroit o novo LS460. A marca pretende com este modelo, rivalizar com outras propostas do segmento de luxo, nomeadamente as alemãs, como o Mercedes Classe S, o BMW série 7, etc.
O que torna este carro tão especial? Em primeiro lugar o motor: é um 4.6 V8 com 380cv que, para além de mais potente que o seu antecessor, é mais económico e menos poluente. Para além disso apresenta uma série de inovações tecnológicas dignas de nota: conta com a primeira caixa de 8 velocidades (estreia mundial num automóvel ligeiro de passageiros) e um sistema de estacionamento automático que efectua a manobra sem intervenção do condutor! (é apenas necessário travar). Possuí ainda um sistema de som Mark Levinson com 19 altifalantes, com o seu próprio disco rígido, que pode albergar cerca de 4000 mil músicas! Até o sistema de climatização é especial, com sensores que medem a temperatura ambiente e a do corpo dos passageiros!

Quanto ao resto dos itens são os já conhecidos noutros modelos do género, como leitores de DVD, sistemas de navegação, suspensão pneumática, entre outros.

PS: Estou com curiosidade relativamente ao sistema de estacionamento automático. Se funcionar como o sistema de travagem de emergência do Mercedes Classe S (ao surgir um obstáculo, o carro trava sem a intervenção do condutor, independentemente das condições de visibilidade, tais como nevoeiro, etc, graças a sensores de infravermelhos), então os carros que estiverem atrás e à frente serão destruídos! é que os alemães asseguravam que o sistema funcionava, mas assim que os jornalistas fizeram um simulacro, o embate foi bonito de se ver... Pode ser que os japoneses da Lexus até estejam a dizer a verdade, mas quero comprovar primeiro, de preferência com um fato de protecção e um capacete...

terça-feira, janeiro 24, 2006

Castings para o Fast and the Furious 3


A Universal Pictures está a realizar castings para o Fast and the Furious 3. Mas estes castings não se destinam a seleccionar os actores, mas sim os carros que irão entrar no filme! Inúmeras pessoas têm levado as suas máquinas na esperança de serem seleccionadas para aparecer no filme. Desta vez a realização estará a cargo de Justin Lin (realizador do premiado remake de Oldboy), e contará com novos actores. A acção irá decorrer no Japão, na cidade de Tóquio, dando ênfase ao tradicional drifting e a cenas de condução muito mais excitantes do que vimos até agora.

Aguardamos rápida e furiosamente!

Novo FIAT Grande Punto


A FIAT popularizou-se como um grande construtor de automóveis citadinos. Contudo, ao longo destes últimos anos, a marca tem apresentado algumas propostas pouco atraentes e que ficam sempre atrás da concorrência, devido principalmente às dificuldades financeiras que o grupo industrial tem enfrentado. Para contornar essas dificuldades e melhorar a sua imagem junto do público, a FIAT lançou agora o Grande Punto. Este não é apenas o substituto do Punto, porque continuará a ser vendido. Trata-se sim de um novo modelo que fica um pouco acima deste modelo, daí a designação Grande Punto.

Para começar, o designer Giugaro encarregou-se de desenhar as linhas do novo modelo. Ainda bem que assim foi, porque o carro é deveras atraente, com a dianteira a fazer lembrar o Maserati Coupé, principalmente os faróis. Todo o conjunto, para além de exibir linhas desportivas, dá uma sensação de solidez e robustez apenas encontrados em automóveis doutros segmentos. Já o interior é que está uns furos abaixo do esperado. Os materiais são duros e ásperos, para além da consola central apresentar um design pouco apelativo e algo antiquado. Mas nem tudo é mau. Como é um dos citadinos maiores do seu segmento, apresenta um espaço razoável no seu interior.

Outro aspecto a realçar é a segurança, com o modelo italiano a conseguir as cinco estrelas dos testes EuroNcap.

A nível de motores a gama surge inicialmente com três propostas diferentes, sendo uma a gasolina, o 1.2 com 65cv que se apresenta como a mais acessível, com preços a partir dos 13.643 euros. Depois surgem dois motores diesel, 1.3 Multijet com 75cv e outro com 90cv (este último vem acompanhado com uma caixa de 6 velocidades). Sinceramente considero as versões diesel a melhor opção, não só pelos consumos reduzidos, mas pelo binário superior que torna a condução muito mais descontraída e segura.

Em suma, temos um automóvel atraente, acessível e confortável, que constitui uma boa opção no segmento dos pequenos utilitários.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Ferrari 599 GTB



Sempre que a Ferrari apresenta um novo modelo, estamos perante um acontecimento notável. Não só pela raridade com que isto acontece, como pelas magníficas obras de arte que apresenta. O Ferrari 599 GTB é um desses exemplos. Rapidamente passou a figurar em quase todas as capas de revistas especializadas e em diversos sites. Apesar disso, nunca é demais falar deste modelo que vai ser apresentado ao público no dia 28 de Fevereiro, no salão internacional de Genève.

No que diz respeito ao motor começamos bem, pois os engenheiros utilizaram o motor do Enzo como base. Trata-se de um V12 com 5999cc (daí o seu nome 599), com 620cv de potência. Passará a ser o carro de produção mais potente que já alguma vez saiu das instalações da marca. Será o sucessor do actual 575M, herdando a tradição dos coupés Grand Turismo.

Quanto ao design decidi comentar no fim porque, sinceramente, acho um bocado estranho... à frente parece o 612 Scaglietti, mas atrás faz recordar o 250 GT dos anos 50 ou o 275 GTB de 60, revelando uma clara inspiração no passado. Esta é apenas a minha opinião pessoal, pois numa matéria tão subjectiva, gostos não se discutem. Verdade seja dita que há medida que olho mais vezes para as fotos, vou passando a gostar, tratando-se provavelmente dum caso de habituação. Atraente ou não, o certo é que será um dos coupés mais rápidos e extraordinários do mercado e como diria um amigo meu, “quando estás lá dentro não te interessa se é bonito ou feio!”.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Regresso do Miura











Apesar das suas origens humildes, Ferrucio Lamborghini tornou-se um empresário de sucesso. Ele trabalhou num destacamento de transporte para o exército italiano, mas assim que terminou a guerra, começou a comprar os excedentes das máquinas de guerra para as transformar em máquinas agrícolas. Este instinto para o negócio daria os seus frutos, pois Lamborghini fez fortuna com a comercialização de tractores, considerados bastante robustos. Quando já se encontrava bastante abastado, tal como qualquer bom italiano milionário, começou a comprar Ferraris, pois não só admirava os carros da mítica marca italiana, como respeitava a Enzo Ferrari pela forma como este geria a empresa. Contudo, ficou bastante desagradado com os automóveis, principalmente pelas falhas mecânicas que estes apresentavam regularmente. Insatisfeito, resolveu falar com Enzo Ferrari, ao qual apresentou as suas criticas. Enzo, no seu jeito bastante característico, simplesmente respondeu: “Um construtor de tractores não pode perceber dos meus automóveis”. Este diálogo entre os dois homens resultaria numa lenda: a rivalidade entre Ferrari e Lamborghini.
Ferrucio, furioso com a resposta, decidiu fundar a sua própria marca de automóveis, inspirada no seu nome, a Lamborghini. O símbolo do touro foi também ele inspirado no signo do Zodíaco de Ferrucio.
Em 1961, na localidade de Sant’Agata Bolognese, perto das instalações da Ferrari e Maserati, surgiu a Lamborghini Automobili. O seu primeiro automóvel a ser produzido foi o Lamborghini Miura P400, um monstro com 350cv, com motor central transversal V12 (uma inovação na altura). Ainda hoje é procurado pelos coleccionadores, não só pela sua história, como pelo facto de ter sido um dos super desportivos mais bonitos de sempre.
Ora o mito está outra vez de volta com a apresentação do Lamborghini Miura Concept, desenhado por Walter de Silva (responsável do design dos novos seat e dos Alfa Romeu 147 e 156), que passou agora a assumir o departamento de design da marca italiana. Este afirmou que sempre quis redesenhar o carro e tal oportunidade surgiu com a comemoração dos 40 anos do Miura. Com um aspecto retro, tem feito furor por onde passa. Infelizmente ainda não tem data prevista de comercialização e se alguma vez será produzido, mas nunca se sabe...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Dakar - Para o ano há mais...

O Dakar chegou finalmente ao fim. Como vem sendo hábito, a vitória foi mais uma vez para a Mitsubishi. Apesar da Volkswagen ter apostado forte, quer em termos de desenvolvimentos técnicos, testes e logística, quer ainda com o reforço do plantel com novos pilotos, nada chegou. Inicialmente atacaram bastante e parecia que tinham tudo para ganhar, mas mais uma vez os “Evo Boys” mostraram nas areias do deserto quem é que mandava.

Quando a vitória parecia assegurada, a três dias do fim, por Stéphane Peterhansel (vencedor por diversas vezes da prova), eis que este comete um erro e leva o Pajero Evo a bater numa árvore, danificando a suspensão traseira. Apesar de continuar em prova, foi o suficiente para perder imenso tempo. Assim sendo o ex-campeão do Mundo de Esqui Alpino Luc Alphand, que seguia atrás, aproveitou de imediato para se colocar na liderança da prova e vencer. De Villiers ficou em segundo com um Volskwagen Touareg, mas soube a pouco para a marca alemã. Roma ficou em terceiro, fechando assim o pódio com mais um Mitsubishi Pajero Evo. Peterhansel conseguiu, apesar do tempo perdido, acabar em quarto. Carlos Sousa chegou a Dakar na sétima posição, o que é positivo, tendo em conta a inferioridade do seu automóvel face aos das equipas de “fábrica” e pelos poucos testes que a equipa tinha realizado.

Nas motos também nada de novo, pois a KTM dominou de “fio a pavio”, com Marc Coma em primeiro (dedicou a vitoria ao companheiro de equipa Andy Caldecott, que morreu durante a prova) seguido de Cyril Despres (com destaque, pois chegou até ao final magoado num ombro depois de uma violenta queda há alguns dias atrás) e Giovanni Sala.

Nos camiões a vitória foi mais uma vez para o Russo Vladimir Tchaguin ao volante de um Kamaz. Em segundo ficou Stacey com um DAF e em terceiro Kabirov também com um Kamaz.

Para o ano há mais, novamente partindo de Portugal.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Acidente fatal no Dakar

Infelizmente, esta manhã deu-se mais um triste acontecimento no Dakar. Por volta das 10h00, no kilómetro 25 da especial, um jovem rapaz, Boubacar Diallo, que se encontrava a assistir ao rali, foi atropelado por um dos carros participantes na prova. Apesar de todos os esforços da equipa médica e de ter sido rapidamente evacuado de helicóptero, acabou por falecer a caminho do hospital.

Fonte: http://www.dakar.com/

Peterhansel perde a liderança

A 12º etapa, que levou os pilotos a sair do Mali e passar para a República da Guiné, revelou-se fatal para as aspirações de Peterhansel de chegar à vitória. O piloto bateu numa àrvore e danificou seriamente a suspensão traseira esquerda do Mitsubishi Pajero Evo. Apesar de ele e o co-piloto terem tentado remendar a suspensão, ao fim de alguns quilómetros tiveram de parar outra vez e esperar pela assistência técnica. Os mecânicos da Mitsubishi solucionaram o problema em 15 minutos! Mas Peterhansel já tinha perdido imenso tempo para o companheiro de equipa Luc Alphand.

Na classificação geral encontra-se agora Alphand em 1º, De Villiers em 2º (com o Volkswagen Touareg, representando ainda a esperança da marca germânica) e Nani Roma, no Mitsubishi Evo, em terceiro.

Carlos Sousa bateu numa pedra que "abriu" a direcção do carro. Contudo, pode prosseguir, mantendo a 7ª posição da geral.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Ferrari Enzo



A Ferrari sempre preencheu a mente de todos os apaixonados por automóveis. Simplesmente ninguém pode ficar indiferente. Para aumentar ainda mais o imaginário dos homens, a marca, para celebrar os seus 40 anos de história, lançou o Ferrari F40, um super desportivo dos mais rápidos e evoluídos da sua época. Passados 10 anos lançou o F50, basicamente um carro de fórmula 1 para andar na estrada. Agora eis que para celebrar mais um feliz aniversário, a marca lançou nos últimos tempos, aquele que deveria designar-se de F60. Mas não o fizeram... estranho. Quando os responsáveis da marca foram confrontados com a designação do novo modelo, decidiram que este era tão rápido, tão eficaz, tão evoluído, quase perfeito, que lhe colocaram o nome do fundador da marca: o “commendatore” Enzo Ferrari! Mas será que o carro é assim tão bom, que os seus criadores ousaram atribuir-lhe um nome tão respeitado e mítico? Vejamos:

- Motor V12 central traseiro, com 5998cc e 48 válvulas;

- 660 cavalos de potência às 7800 rpm;

- Dos 0-100km/h em 3,65 segundos e uma velocidade máxima de mais de 350km/h.

Mas um Ferrari é muito mais do que potência. A atenção ao detalhe, e a experiência da marca na Fórmula 1 reflectem-se na estrada ou em qualquer pista. A estrutura é constituída por um esquema de alumínio em ninho de abelha, revestida por duas camadas de fibra de carbono, como se de uma sanduíche se trata-se. O motor está assente em suportes elásticos ligados a um sub-chassis tubular traseiro. As suspensões são as mesmas da competição, com triângulos sobrepostos e amortecedores a gás horizontais, accionados por uma barra “push-rod”. O sistema é composto por dois sensores de movimentos verticais nas rodas, um sensor de velocidade e um sensor no pedal de travão. A suspensão muda a sua acção dependendo das circunstâncias, tanto nas curvas, como nas acelerações e travagens, de modo a evitar o tradicional adornar e afundar da carroçaria. Até a entrada nas garagens ou transposição de lombas foi pensada! Carregando num botão, a suspensão da frente eleva-se de modo a não bater no chão.

O motor é gerido por um comando Bosch Motronic ME7 com seis sensores de detonação, para além de uma variador de fase e admissão. Isto significa que não só é potente, como regular e capaz de debitar sempre valores apreciáveis de potência em qualquer rotação.

A transmissão tem um diferencial autoblocante, a 30% em aceleração e 55% em desaceleração, garantindo que as rodas traseiras têm sempre grandes doses de aderência. A caixa manual sequencial com patilhas no volante é oriunda da F1, com sincronizadores triplos e comando electro-hidráulico. Podemos escolher, através de um botão, três tipos de velocidade de caixa, Normal, Sport e Race (este último garante passagens em 150 milissegundos! Estas opções mudam o comportamento da suspensão e o controlo de tracção. Existe ainda o modo “Launch Control” – trava-se com o pé esquerdo, escolhe-se a rotação e assim que largamos o pé do travão o Enzo sai disparado com uma bala.

Os travões são quase indestrutíveis! Discos em carbo-cerâmica. Mas aquilo em que a marca se distingue dos seus opositores é na aerodinâmica, onde explora como ninguém. A experiência na F1 e os intensivos testes no túnel de vento dão os seus frutos. Existem ao longo do carro apêndices aerodinâmicos móveis que se adaptam à velocidade: a velocidades médias a asa traseira adopta a inclinação máxima e os spoilers dianteiros ficam recolhidos, garantindo o máximo apoio. A velocidades altas acontece o contrário, para poder atingir mais velocidade máxima. A carga chega a 344kg aos 200km/h, 775kg aos 300km/h e desce para 585kg quando se passa dos 350km/h. Isto significa que se fosse possível por o carro num túnel, de cabeça para baixo, este manter-se-ia colado ao tecto a velocidade superiores a 200km/h!... Até a parte inferior do carro tem funções aerodinâmicas.

Os bancos do carro são comprados de acordo com a estatura do seu proprietário e pode ajustar os pedais em 16 posições diferentes.

Foram feitos apenas 399 carros que se venderam rapidamente.

Apesar disso a Ferrari lançou recentemente uma evolução do Enzo, designada FXX. Debita 800cv, a carga aerodinâmica é muito superior e a caixa de velocidades faz passagens quase ao dobro da velocidade, entre outros pormenores. Desta vez foi a Ferrari que escolheu a quem iria vender os carros... infelizmente a versão FXX não tem autorização para andar nas estradas. Para além disso, os compradores tiveram que assinar um acordo, em que se comprometem a não utilizar o carro em competição. Significa isto que apenas podem participar em “Track Days” ou correr com ele numa pista privada ou alugada...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Dakar de Luto

O australiano Andy Caldecott, que realizava a sua terceira participação no Dakar (de moto), faleceu hoje, vitíma de um enorme acidente. Os médicos deslocaram-se rapidamente ao local, mas tudo indica que o motard terá tido morte instantânea. O Dakar perde assim mais um grande piloto.

Muscle Cars ao Rubro: Novo Chevy Camaro!



Pelos vistos o mercado dos “muscle cars” está ao rubro nos EUA. Depois da Ford ter regressado às origens com o novo Mustang, com linhas inspiradas no modelo dos anos 60, eis que as outras marcas estão a seguir a mesma receita. Há poucos dias foi apresentado um protótipo do Dodge Challenger, que poderá vir a entrar em produção em 2008 e agora a rival Chevrolet, apresentou os primeiros esboços do futuro Camaro! Como é possível verificar, mais uma vez encontramos linhas “retro”, que nos remetem de imediato para as primeiras gerações do lindíssimo Camaro. Motores previstos? O bom small block V8 já utilizado no Corvette, com 400 cavalinhos...

Sinto-me nostálgico: já me imagino ao volante de uma máquina destas a ouvir música country, com o meu chapéu de cowboy e botas com esporas... assim que o semáforo muda para verde, cá vou eu a chiar os pneus e a gritar yiiiihaaaaa!!!

domingo, janeiro 08, 2006

Recuperação de Carlos Sousa

Ontem foi, como de costume, mais uma prova “demolidora” para os pilotos e máquinas. As areias moles do “deserto” levavam a “atascansos” monumentais. Nas motos, os pilotos caíam praticamente de 5 em 5 minutos, ficando as motos soterradas. Havia também problemas de navegação. Andavam bastantes pilotos a vaguear pelo deserto à procura do rumo certo.

De parabéns esteve o português Hélder Rodrigues (moto) que obteve um brilhante 7º lugar na etapa. Carlos Sousa, que prometera recuperar com a entrada neste tipo de terreno, assim o fez, com um excelente 8º lugar na especial, passando agora para 9º da geral. Nesta etapa o vencedor dos automóveis foi Magnaldi com um Schelesser-Ford-Raid. Mas na geral está agora Peterhansel em 1º (Mitsubishi Evo), Luc Alphand em 2º (Mitsubishi Evo) e em terceiro DeVilliers (Volkswagen Touareg).

Nos camiões o Russo Chagin, que conseguira ganhar quase todas as etapas, tem vindo a sofrer alguns problemas. A sua vantagem avassaladora para o 2º classificado (curiosamente o companheiro de equipa Kabirov, também com um camião Kamaz), de cerca de 2 horas, passou para apenas 30 minutos. Isabel Jacinto está em 41º posto.

Hoje é dia de descanso, criado pela organização, para os pilotos recuperarem.

sábado, janeiro 07, 2006

O regresso do Dodge Challenger!














A Dodge apresentou um concept, que mostra basicamente como será o novo Challenger. Para quem não se recorda, este foi um dos modelos com mais sucesso na gama dos desportivos da Dodge. Os designers, optaram por salvaguardar grande parte das soluções estilísticas do antigo modelo. O motor será o 6.1L "Hemi" V8 com 425 cv, que a marca já introduziu no novo Charger.
Acho que não vou dizer mais nada acerca do carro e colocar umas boas fotos, porque uma "imagem vale por mil palavras".

Reviravolta - Mitsubishi na liderança

Com a entrada nas grandes dunas do deserto, a prova de ontem foi uma das mais difíceis. O Português Rodrigo Amaral, piloto de moto, teve um aparatoso acidente. Partiu várias costelas e foi evacuado de helicóptero. Paulo Marques partiu um diferencial do seu jipe e ficou preso na areia. Carlos Sousa foi o único português a fazer um bom tempo, conseguindo subir na classificação geral para 11º.

Nos automóveis, a supremacia da Volkswagen foi abalada pela Mitsubishi. Devido à excelente capacidade de tracção e a uma distância de eixos bastante curta, os Mitsubishi Pajero Evo revelaram-se extremamente eficazes neste tipo de terreno. Na classificação geral está agora Luc Alphand em 1º (Mitsubishi), em 2º Peterhansel (Mitsubishi) e em 3º Kleinschmidt (Volkswagen). Carlos Sainz ficou sem direcção assistida no seu Volkswagen, o que dificultou bastante as coisas. Acabou por terminar a prova cheio de bolhas nas mãos. Está em 5º da geral.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Dakar - Dificuldades para os Portugueses

Ontem foi uma dura prova. 796 km’s, foi a distância da ligação entre Tan Tan e Zouerat, uma etapa preenchida com a areia do deserto, pequenas dunas e inúmeros saltos. Ruben Faria (motos) ficou sem gasolina, o que o levou a descer muitas posições na classificação geral. Francisco Inocêncio teve um grande acidente e destruiu completamente o Mitsubishi Pajero, levando à desistência. Felizmente o piloto e o navegador não sofreram quaisquer mazelas. Carlos Sousa apenas conseguiu fazer o 18º tempo da etapa, mantendo assim o 13º lugar da geral.

Cyril Despres foi encontrado inconsciente no meio do deserto, por Marc Coma e Isidre Pujol. O francês tinha caído violentamente. Apesar das dores, assim que recuperou a consciência, continuou na corrida. No posto médico foi diagnosticada uma luxação no ombro. O piloto continua a queixar-se de fortes dores nas costas, mas irá manter-se em prova, pelo menos enquanto aguentar.

Nos carros, a vitória da etapa foi para Magnaldi, piloto que conduz um dos bugies Schelesser-Ford-Raid, desenvolvidos pelo francês. Schelesser só não ganhou porque furou um pneu, mas assegurou o segundo melhor tempo, atrás do colega de equipa. Pelos vistos a “raposa” do deserto continua em forma. Mas apesar desta excelente performance, os Volkswagen continuam a monopolizar os 3 primeiros lugares na classificação geral. 1º De Villiers, 2º Sainz e 3º Kleinschimdt.

Os pilotos queixaram-se da areia, do calor durante o dia e o frio à noite (as partidas começaram à 1h da manhã! Houve quem não dormisse quase nada), da irregularidade do percurso e do forte vento que se fez sentir (os pilotos da motos queixavam-se que não conseguiam passar dos 150km/h! Pois... num terreno com areia mole, pedras, saltos, buracos e um sem fim de “armadilhas”, 150km/h soa a pouco...).

Carlos Sousa afirmou que, a partir de hoje, tem mais possibilidades de começar a subir lugares devido à sua experiência nas grandes dunas. Esperemos que sim!

Bugatti Veyron: O mito das 1001 noites...


O Bugatti 16.4 Veyron é um exemplo perfeito de que “quem ri por último, ri melhor”. E isto porquê? Quando Ferdinand Piech, na altura presidente do grupo Volkswagen, pediu aos seus engenheiros que construíssem um automóvel com 1000 cavalos de potência e que atingisse mais de 400km/h com toda a segurança, estes ficaram estupefactos. A Bugatti, marca que durante décadas construiu os carros mais fascinantes de todos os tempos, fora ressuscitada, e era o desejo de Piech que o seu primeiro automóvel, depois de ter sido adquirida pela Volkswagen AG, fosse sensacional e honrasse o nome do seu fundador, Ettore Bugatti. Como não poderia deixar de ser, o nome escolhido para o novo super carro seria Veyron, em homenagem ao famoso piloto de corridas Pierre Veyron, vencedor das 24 horas de Le Mans de 1939, para além de outras categorias e que contribuiu para que a marca francesa Bugatti ganha-se fama. Quanto à designação 16.4 provém das características únicas do seu motor: um 16 cilindros em W (basicamente foram montados dois motores 8 cilindros em paralelo) e 4 turbocompressores!

O projecto foi para a frente e em 1999 no Salão de Tóquio foi apresentado um protótipo (nessa altura com um motor 18 cilindros). Em 2001 é anunciado que o motor será diferente, passando a ter 16 cilindros e 4 turbos. Mas à medida que o carro ia evoluindo começaram a surgir problemas. O carro a alta velocidade apresentava-se particularmente instável, ocorrendo inclusive um acidente durante os testes (um protótipo foi destruído e o piloto ganhou um valente susto). Outro dos carros fez um pião a alta velocidade. Os pneus também eram outro dos problemas, pois só eram capazes de se aproximar dos 360/380 km/h. A partir deste limite tornavam-se perigosos. Enquanto isso, a produção do modelo ia sendo adiada data após data. Todos faziam troça da Bugatti e dos engenheiros da Volkswagen, quer os outros construtores, quer os especialistas na matéria, como ainda os cidadãos comuns, enfim, todos nós! (até eu gozava com a situação. os meus amigos decerto se recordarão dos meus comentários atrozes...). Havia quem afirmasse que se tratava de um “bluff” da indústria automóvel ou que tudo não passava de um sonho, uma quimera de Piech e que nunca viria a ser concretizado.

Os anos foram passando e com imensa dedicação e engenho os técnicos iam resolvendo um a um os problemas. Mas ainda existiam grandes dificuldades: o motor tinha problemas de arrefecimento e as caixas de velocidade simplesmente... explodiam! O binário de 1250 Nm entre as 2200 e 5500 rotações era excessivo. Mesmo quando a caixa foi reforçada, a partir dos 350km/h o óleo “inchava” e esguichava pelas fissuras!
Em 2005, ao fim de 5 anos desde que o carro tinha sido apresentado à imprensa internacional, finalmente iria entrar em produção. Os problemas de arrefecimento foram resolvidos através de grandes entradas de ar e pelo facto de o motor não ter cobertura (está literalmente à vista, sem “capôt”...) e pela introdução de 10! radiadores: 3 para o motor, 3 para os intercoolers, 1 para o óleo do motor, 1 para o óleo do diferencial, e finalmente, 1 para o fluído hidráulico que faz funcionar o aileron. A instabilidade foi resolvida com uma “asa” traseira que se adapta consoante a velocidade e as necessidades do momento. Apresenta três posições pré definidas: Standard, Handling e Topspeed. No modo intermédio parece um “caça supersónico”, com a asa numa posição extremamente elevada, funcionando apenas até aos 375km/h, limitados electronicamente. Para se poder activar o modo Topspeed é necessário parar o veículo, inserir uma segunda chave feita para o efeito. O limitador fica desbloqueado, o computador de bordo analisa se tudo está em perfeito funcionamento (incluindo a pressão dos pneus) e a asa traseira baixa de modo a que não sirva de travão aerodinâmico. A velocidade máxima real é de 407 km/h, registados oficialmente...

A Michelin criou uns pneus específicos para o modelo, capazes de aguentar tais esforços. A caixa de velocidades é uma surpreendente DSG de 7 velocidades. O modo de funcionamento é idêntico às caixas DSG dos modelos Volkswagen e Audi. Enquanto a mudança está engrenada, a outra relação superior já está pré seleccionada. Então quando é mudada, a rapidez de actuação é tal que nem se sente. É quase como se estivesse sempre na mesma relação de caixa! Jeremy Clakson, jornalista da revista Top Gear, falou pessoalmente com o técnico responsável pelo desenvolvimento da caixa de velocidades. Este admitiu ter sido o trabalho mais difícil que já teve na vida! E estamos a falar de um homem que cria caixas para os fórmula 1!!! Ele próprio referiu: “Oh, F1 não é nada. Não têm nada a ver com a potência do Bugatti e só têm que durar duas horas. A que está no Veyron tem de durar 10 ou 20 anos.” (retirado do site Top Gear).

Para além dos 16 cilindros e dos 4 turbos referidos anteriormente, existem mais números “assustadores”. Possui 7993cc, apresenta 64 válvulas (quando alguns “meninos se gabam de ter um 16 válvulas, até me apetece dar uma gargalhada...). O combustível é injectado por meio de válvulas electromagnéticas, directamente nas câmaras de combustão, de acordo com o sistema FSI (de injecção directa), altamente eficiente e que reduz as emissões.

Os discos dianteiros têm um diâmetro de 400 milímetros e os traseiros de 380 milímetros. Tem pinças monobloco de oito pistões em titânio, com coroa em aço inox e protecção cerâmica contra calor, pesando apenas 5,7 kg. O próprio travão de mão foi reforçado e está ligado ao ABS, de modo a que em caso de falha dos travões (muito pouco provável), a velocidades moderadas o carro possa ser imobilizado apenas recorrendo a este travão!
Para por no chão esta potência colossal existe um sistema de tracção às 4 rodas. No interior merece destaque o potenciómetro que mostra a potência que está a ser debitada em cada momento. 1001 cavalos é a potência máxima anunciada, mas os técnicos da marca já referiram que esta poderá atingir na realidade cerca de 1036 cavalos... Estamos a falar de um carro de produção, capaz de circular nas estradas e que pode durar 10, 15 ou 20 anos sem avarias! Leva 16,7 segundos dos 0 aos... 300km/h! Se os caros leitores não têm noção do que isto é, façam o favor de por o relógio a contar!
O Veyron tem um depósito de gasolina com capacidade de 100 litros (deve dar muitos pontos nos cartões de abastecimento...) e que numa condução a fundo evaporam em 12 minutos! Sim leu bem! gasta teoricamente 100 litros em 12 minutos! Consome exactamente 1 litro para percorrer um quilómetro a fundo!

Sinceramente, podia continuar aqui a descrever este maravilhoso automóvel durante mais 100 páginas, mas é preferível ficar por aqui, pois o leitor já deve está quase a adormecer de tédio. O que importa reter é que o Bugatti 16.4 Veyron revolucionou o reino dos superdesportivos. É quase como um avião concord (que por acaso já deixou de circular). É desafiar as leis da natureza. Mesmo aqueles que não se interessam por automóveis acabam por respeitar e manifestar interesse por esta máquina. É superar as barreiras!
Se alguém estiver interessado no carro, aconselho vivamente a que fundem um cartel de droga, ou entrem no ramo das armas ilegais, pois com os impostos, este carro pode ser adquirido em Portugal por 1 263 790 euros... Façam as contas. O mais curioso é que só na recente exposição no Dubai, foram vendidos 6 Bugattis, que se pode juntar às 50 unidades que já se encontravam reservadas.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Rir é o melhor remédio!

Ora aqui está um endereço muito interessante sobre as regras de trânsito, que uma amiga me enviou para o mail (obrigado Joana). Aconselho a todos!

Site: http://www2.omnitel.net/smirlis/tmp/schule.html

Dakar - Última etapa em Marrocos

A etapa de ontem ficou marcada pelas inúmeras desistências. 28 Veículos abandonaram a prova devido a avarias mecânicas e acidentes. O mais marcante foi o capotanço de Hiroshi Masuoka, ficando o Mitsubishi Pajero Evo num estado irrecuperável. É uma triste forma de abandonar o Dakar, pois o japonês que participa nesta prova desde 1987 (já se sagrou por duas vezes campeão), tinha anunciado que este seria o seu último ano na competição.

Nos automóveis é evidente a supremacia da Volkswagen, que tem quatro das suas viaturas nos cinco primeiros lugares. Apenas o francês Luc Alphand da Mitsubishi é que interfere no monopólio da marca alemã com um terceiro lugar. Na frente está um espectacular Carlos Sainz, seguido de perto por Jutta Kleinshmidt que está apenas a pouco mais de 1 minuto de diferença (agora digam lá que não existem mulheres que conduzem bem!). Carlos Sousa está em 13º da geral.

Nas duas rodas segue Marc Coma na primeira posição, depois Cyril Despres e em terceiro, Isidre Esteve Pujol. Destaque mais uma vez para o piloto algarvio Ruben Faria (que já tinha vencido uma etapa no Algarve), que chegou a um surpreendente 4º tempo da etapa (subiu dez lugares na geral, passando para 12º!). Ruben referiu que decidiu aproveitar as características do terreno a seu favor, pois com a saída de Marrocos tudo será mais difícil e terá menos oportunidades de “dar nas vistas”. Confessou que tem pouca experiência na navegação, elemento crucial a partir daqui. Quanto ao motard Paulo Gonçalves, caiu ao km 11, danificando seriamente a moto. Com a direcção partida, soube “desenrascar” à boa maneira portuguesa com uns fios e cabos, conseguindo chegar ao final da etapa.

Nos camiões tudo na mesma. Incrivelmente, o russo Vladimir Chagin continua a registar vitória atrás de vitória. Basta referir que o segundo classificado está a 1h30 de atraso... é impressionante ver aquele monstro de várias toneladas a ultrapassar carros e certas vezes motos! Tal é a performance do camião!
A “nossa Trifene 200”, Elisabete Jacinto fez um brilhante 15º lugar na etapa, passando agora para 38º posto da geral a mais de 10 horas de Chagin...

Hoje a “caravana” abandonou Marrocos e entrou na Mauritânia.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Leilão do Audi de Santana Lopes


No dia 16 deste mês, a Câmara Municipal de Lisboa vai leiloar o Audi A8 que Santana Lopes tinha adquirido quando foi presidente da autarquia. Como António Carmona Rodrigues (actual presidente) se recusa a deslocar na viatura, pois considera esta "excessiva", preferindo a utilização de um automóvel mais modesto, foi considerado que a melhor opção era leiloar o carro. Recordemos que este automóvel deu origem a muita polémica, pois foi adquirido numa altura em que Santana Lopes apelava aos portugueses para "apertar o cinto", devido aos problemas económicos... Convém ainda realçar que entre 2003 e 2004 o Município Lisboeta adquiriu 11 viaturas topo de gama no valor de 600.000 euros. Os carros substituídos estavam velhos, visto que tinham três anos... Na minha opinião acho que Santana fez bem, pois os carros com tantos anos são um mau exemplo para os portugueses...

O Audi é o 4.2 V8, equipado com uma caixa automática sequencial Triptronic e a tracção integral quattro, tipíca da marca. Foi adquirido na altura por 115 mil euros, sendo agora a base de licitação na ordem dos 62 500 euros, se alguém estiver interessado...

Fonte: Autohoje Online e http://artedeopinar.weblog.com.pt/


terça-feira, janeiro 03, 2006

Lisboa Dakar - Nador até Er Rachidia

Tal como se esperava, o “verdadeiro” Dakar começou agora, com as primeiras dificuldades a surgirem, na etapa de ontem. Em primeiro lugar os problemas de navegação, com pilotos a vaguear pelo deserto completamente perdidos e a tentar encontrar o rumo certo. Em segundo, o pó suspenso no ar, devido à passagem dos primeiros pilotos, que tapava completamente a visibilidade e entupia as entradas de ar dos veículos. Por fim, em terceiro lugar, a rudeza do solo, com inúmeras pedras que dificultavam a passagem, que o diga o piloto brasileiro André de Azevedo que furou um pneu do seu camião (imaginem as dificuldades para substituir um pneu daquelas dimensões).

Nas motos Cyril Despres passou para o 1º lugar da geral, graças à sua astúcia, pois preferiu fazer tempos inferiores aos dos seus adversários em Portugal, para poder sair atrás deles em Marrocos. Deste modo, pode seguir os trilhos dos concorrentes que seguiam à sua frente, evitando problemas de orientação. Marc Coma está em segundo e José Manuel Pellicer está em Terceiro (de acrescentar que são todos pilotos da KTM). Destaque ainda para o Português Rodrigo Amaral que fez o 7º tempo da especial.

Nos automóveis, os papéis inverteram-se. Carlos Sainz que tinha vencido em Portugal, acabou por se perder, fazendo o 12º tempo da especial, relegando-o para 4º da geral. Schelesser, que no nosso país tinha tido imensas dificuldades de tracção (o seu bugy é só tracção traseira), acabou por fazer o melhor tempo graças à leveza do seu carro e à elevada velocidade de ponta (220km/h, nas areias do deserto!). Na geral estão em primeiro e segundo os pilotos da Mitsubishi, Roma e Masuoka, seguidos por Saby com o Volkswagen. Carlos Sousa está em 13º da geral, queixando-se também ele do muito pó.

Nos camiões, tudo na mesma, estando o Russo Chagin, com o Kamaz, em primeiro.

A etapa de hoje também promete ser difícil, sendo a ligação entre Er Rachidia a Ouarzarate.

segunda-feira, janeiro 02, 2006


Foi um excelente início de ano novo para os portugueses, com a passagem do Rally Dakar por terras lusas. Com percursos no Alentejo e no Algarve de extrema beleza, a passagem dos concorrentes deixou o público extasiado. Nos automóveis o destaque vai para o espanhol Carlos Sainz (Volkswagen Touareg) que mostrou toda a sua técnica, ou não fosse ele, um piloto oriundo dos ralis. Venceu no Sábado e depois no Domingo, ficando em primeiro lugar na geral, deixando os pilotos da Mitsubishi, Alphand e Roma, na 2ª e 3ª posição respectivamente. O português Carlos Sousa brilhou na prova de Sábado, alcançando um magnífico 2º posto, mas depois no dia a seguir, acabou por fazer o 8º tempo. Fica assim, deste modo, em 5º da geral, o que se pode considerar realmente positivo.

Quanto às motos, Isidre Pujol está em 1º, Marc Coma em 2º (ambos em KTM 660) e o português, Hélder Rodrigues em 3º (Yamaha WR450 F), a 43 segundos do líder.

Mais dificuldades sentiram os camiões, devido principalmente à pouca largura dos caminhos. Houve quem capota-se, obstruindo a via, obrigando os outros pilotos a parar e certas vezes a fazer “corta-mato”. Isabel Jacinto foi uma das pessoas que sentiu essas dificuldades, pois um dos pilotos que seguia à sua frente ficou atolado, obrigando-a a parar numa zona lamacenta, ficando também ela atascada. Apesar de todos os seus esforços em retirar o Renault Kerax daquelas condições o mais depressa possível, acabou por “cair” para o 55º lugar da geral. Em primeiro lugar está, como se esperava, Chagin com o seu Kamaz, em 2º De Azevedo com um Tatra e em 3º Biasion, ao volante de um Iveco.

Contudo, estas classificações nada significam, pois o Dakar começa realmente hoje, em Marrocos, onde as diferenças de tempo são mais avassaladoras. Basta referir que o percurso entre Nador e Rachidia perfaz um total de 672 kms, o que porá em teste homens e máquinas.