Dakar - Dificuldades para os Portugueses
Ontem foi uma dura prova. 796 km’s, foi a distância da ligação entre Tan Tan e Zouerat, uma etapa preenchida com a areia do deserto, pequenas dunas e inúmeros saltos. Ruben Faria (motos) ficou sem gasolina, o que o levou a descer muitas posições na classificação geral. Francisco Inocêncio teve um grande acidente e destruiu completamente o Mitsubishi Pajero, levando à desistência. Felizmente o piloto e o navegador não sofreram quaisquer mazelas. Carlos Sousa apenas conseguiu fazer o 18º tempo da etapa, mantendo assim o 13º lugar da geral.
Cyril Despres foi encontrado inconsciente no meio do deserto, por Marc Coma e Isidre Pujol. O francês tinha caído violentamente. Apesar das dores, assim que recuperou a consciência, continuou na corrida. No posto médico foi diagnosticada uma luxação no ombro. O piloto continua a queixar-se de fortes dores nas costas, mas irá manter-se em prova, pelo menos enquanto aguentar.
Nos carros, a vitória da etapa foi para Magnaldi, piloto que conduz um dos bugies Schelesser-Ford-Raid, desenvolvidos pelo francês. Schelesser só não ganhou porque furou um pneu, mas assegurou o segundo melhor tempo, atrás do colega de equipa. Pelos vistos a “raposa” do deserto continua em forma. Mas apesar desta excelente performance, os Volkswagen continuam a monopolizar os 3 primeiros lugares na classificação geral. 1º De Villiers, 2º Sainz e 3º Kleinschimdt.
Os pilotos queixaram-se da areia, do calor durante o dia e o frio à noite (as partidas começaram à 1h da manhã! Houve quem não dormisse quase nada), da irregularidade do percurso e do forte vento que se fez sentir (os pilotos da motos queixavam-se que não conseguiam passar dos 150km/h! Pois... num terreno com areia mole, pedras, saltos, buracos e um sem fim de “armadilhas”, 150km/h soa a pouco...).
Carlos Sousa afirmou que, a partir de hoje, tem mais possibilidades de começar a subir lugares devido à sua experiência nas grandes dunas. Esperemos que sim!
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