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terça-feira, outubro 31, 2006

Luta entre «irmãs»

Citröen C4 Picasso 2.0 HDI vs Renault Grand Scénic II 2.0 DCI

Os monovolumes das marcas generalistas francesas têm marcado o segmento graças ao ambiente futurista e às soluções de vanguarda dos seus interiores. A Renault Grand Scénic e Citröen C4 Picasso não são excepção, encontrando-se agora numa luta «entre irmãs», pela supremacia do mercado.

A Citröen, consciente do peso que os monovolumes têm vindo a assumir no mercado, sobretudo os de sete lugares, decidiu apostar no lançamento de um novo produto, o novo C4 Picasso. Paralelamente, a Renault, decidiu proceder à renovação da Scénic. O «barlavento» testou os dois modelos, nas versões mais potentes e equipadas, a Renault Grand Scénic II «Privilège Luxe» 2.0dci (150cv) e a Citröen C4 Picasso «Exclusive» 2.0 HDI.

Performances e dinâmica

Contrariamente ao que é habitual neste género de comparativos, começamos pela apreciação dinâmica. Nas performances, a Renault superioriza-se à sua rival, principalmente pelo enorme «fôlego» do motor 2.0 DCI de 150 cavalos de potência. Convém destacar que a Renault ensaiada contava com caixa manual de seis velocidades (existe, como opção, uma caixa automática de seis relações, mas não estava disponível para o teste), enquanto a Citröen dispunha de caixa automática (que na realidade não é uma verdadeira caixa automática, mas sim uma caixa manual com embraiagem pilotada), igualmente de seis relações.

O ímpeto do motor Renault, associado à caixa manual, deixa para trás os 138 cavalos da Citröen, apesar de o «kick down» da caixa robotizada anular alguma desvantagem nas recuperações. A caixa de velocidades da C4 Picasso privilegia o conforto em detrimento das prestações, efectuando as passagens em 750 milisegundos. No modo manual (utiliza-se as patilhas no volante), passa a realizar a tarefa em 650 milesegundos, acabando por ser bem mais agradável e efectiva.

Na cidade, as qualidades da caixa da Citröen acabam por vir ao de cima, revelando-se extremamente confortável, sobretudo no «pára-arranca» e nas subidas íngremes, dispensando o ponto de embraiagem. Conta ainda com a actuação dos travões, sem a intervenção do condutor, durante um período de três segundos, de modo a não deixar descair o veículo.

Em termos dinâmicos, tanto uma como outra, estão à altura das expectativas. Apesar de não serem veículos com vocação desportiva, o facto é que a taragem das suspensões consegue anular o adornar da carroçaria, sem comprometer o conforto dos passageiros, sobretudo na Citröen, que conta com suspensão pneumática no eixo traseiro. Tal situação, corroborada com a precisão do chassis de ambos os modelos, acaba por não defraudar o ímpeto dos «chefes» de família mais apressados. Nos limites, são subviradoras (fogem de frente), situação nada preocupante, bastando aliviar a pressão do pé no acelerador para tudo voltar à normalidade.

Nos consumos, a Scénic e C4 Picasso equivalem-se, primando pela contenção, tendo em conta a potência dos motores e o peso.


Conforto, Habitáculo, Equipamento

Deixando o capítulo da dinâmica para trás, passamos àquilo que realmente interessa neste género de veículos, mais concretamente o interior, respectivo espaço e modularidade.

Falámos primeiramente das performances porque este é o único capítulo onde a Renault se superioriza à sua rival. A Citröen C4 Picasso praticamente não dá hipóteses no que diz respeito ao habitáculo. Tanto uma como outra oferecem bastante espaço aos passageiros, inclusivamente aos lugares da terceira fila, situação bastante invulgar no segmento. Contudo, a Citröen apresenta as melhores cotas de habitabilidade, tanto em comprimento como em largura. A sua ampla superfície vidrada reforça ainda a sensação de espaço, graças ao pára-brisas panorâmico.

A Citröen continua a sua supremacia no acesso aos últimos lugares, facilitando com a simples pressão duma pega, que eleva os assentos dos bancos laterais da segunda fila, ficando verticais e paralelos relativamente às respectivas costas, bastando depois avançar o conjunto para a frente. A colocação e remoção dos bancos são igualmente simples. O mesmo processo é bem mais difícil na Scénic, pois requer alguma habituação e mais esforço muscular.

A Citröen conta ainda com outro trunfo, pois a utilização de uma caixa robotizada com o comando de selecção na coluna da direcção (ao bom estilo americano), veio criar um amplo espaço no meio dos bancos da frente. No seu lugar encontra-se agora uma caixa refrigerada, com capacidade para uma garrafa de um litro e meio, ou duas de dois litros. Quanto ao resto, os dois modelos equivalem-se, pois proliferam aqui e acolá, inúmeros espaços de arrumação, prateleiras nas costas dos assentos, divisões no tablier. Ambas as bagageiras apresentam boa capacidade, mesmo com os sete lugares colocados.

O equipamento presente nestes monovolumes é realmente extenso. Seria impensável enumerar todos os itens presentes, principalmente porque os veículos testados estavam recheados de opcionais, que elevam bastante o preço final, ultrapassando a fasquia dos 40 mil euros. A Citröen volta a vencer mais uma vez, pois face a tudo que a Renault propõe, a C4 Picasso acrescenta o invulgar sistema de auxílio para estacionamento, o botão na mala para baixar a suspensão (que facilita as cargas e descargas), o ar condicionado automático com quatro zonas de regulação independentes estando (as saídas para os passageiros da segunda fila estão colocadas nos pilares B) e, acima de tudo, aos airbags para joelhos (equipamento de segurança único na classe).


Conclusão

A Citröen é a clara vencedora deste comparativo. Apesar de perder nas prestações face à Renault, o certo é que o maior espaço habitável, a facilidade de utilização, modularidade dos bancos, bem como o conforto em marcha proporcionado pela suspensão traseira pneumática e pela caixa de velocidades robotizada, fazem toda a diferença, sobretudo num veículo de cariz familiar.


Citröen C4 Picasso 2.0HDI Exclusive

Cilindrada (centímetros cúbicos): 1997
Potência Máxima (cv/rpm): 138
Binário Máximo (Nm/rpm): 340/2000
Velocidade Máxima: 195
0-100Km/h (segundos): 12,5
Consumos (litros/100km)
Extra-urbano/combinado/urbano:
5,1/6,1/7,9
Preço: desde 37 000 euros

Renault Grand Scénic Privilège Luxe 2.0Dci 150cv

Cilindrada (centímetros cúbicos): 1995
Potência Máxima (cv/rpm): 150
Binário Máximo (Nm/rpm): 340/2000
Velocidade Máxima: 204
0-100Km/h (segundos): 9,8
Consumos (litros/100km)
Extra-urbano/combinado/urbano:
5/5,8/7,3
Preço: desde 37 250 euros





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