Alexandre Prémat vence A1 GP no Estoril

Este fim-de-semana decorreu a terceira prova do A1 Grand Prix, também conhecida por Taça das Nações, culminando com a vitória do representante da França, Alexandre Prémat nas duas corridas (uma de sprint com 18 voltas e outra mais longa de 36). O português Álvaro Parente deu mostras do seu talento, ficando na primeira corrida em 6º e na seguinte em 5º posição. Chegou a estar em 2º lugar logo na largada, beneficiando de problemas no arranque de outros pilotos, mas pela 12ª volta, quando foi às boxes, acabou por cometer um erro fatal ao carregar no botão do limitador de rotações, antes de carregar na embraigem, o que fez "calar o motor". Quando o piloto conseguiu colocar o motor a trabalhar e regressar à pista já tinha caído para 15º, mas mesmo assim não desanimou e com bastante agressividade, conseguiu recuperar até 5º!
A França encontra-se actualmente na liderança do campeonato com 50 pontos, seguida de perto pela formação brasileira com 42 e um pouco mais atrás pela Suiça com 34. Portugal está em 12º com 14 pontos.
Numa prova fantástica, com alguns toques e saídas à mistura que levaram à entrada do Safety Car por três vezes (um estonteante Audi RS4 que emitia um som diabólico), algumas ultrapassagens e trocas de posições, apenas há que destacar a falta de comparência do público. Com efeito, não bastava as bancadas estarem quase desertas, como a maior parte dos espectadores eram de origem estrangeira (maioritariamente da Inglaterra e Holanda), existindo ocasionalmente uma bandeira portuguesa aqui e acolá... Algo incompreensível, tendo em conta que há já alguns anos se ouvem protestos por parte do público português, pelo facto de o automobilismo nacional estar em decadência e por não contemplarmos corridas de grande calibre como a Fórmula 1 por exemplo. Por diversas vezes, Portugal tem vindo a apresentar candidaturas para este género de provas internacionais, mas sem efeito, e agora que surgiu uma oportunidade de assistir à Taça do Mundo de Automobilismo, ninguém aparece. Esta caricata situação levou a alguns comentários irónicos por parte do Sheiq Maktoum al-Maktoum, criador e fundador da modalidade, proferidos numa entrevista ao jornal Autosport: «Sem público? Mas as bancadas estão cheias, não vê? As pessoas estão é vestidas com as cores das bancadas! De facto, não percebo o público do Estoril. Em Lausitz, tivemos 21 mil pessoas, foi um sucesso; em Brands, batemos todos os recordes do circuito. O público português supreende-me. Houve promoção adequada, mas penso que as pessoas aqui estão habituadas a terem tudo de graça - os ralis, as provas de TT. Farei o meu julgamento depois da corrida mas, se as bancadas continuarem vazias pela uma da tarde, então terei que rever a minha decisão de voltar para o ano».
É pois, desta forma que o panorama automobilístico português se encontra no péssimo estado em que está e depois criam-se manifestações e proliferam critícas nos media e especialmente na Internet por parte das mesmas pessoas que faltam aos eventos... será da falta de tempo ou da crise económica? talvez... mas a verdade é que no decorrer da prova os principais centros comerciais estavam cheios...