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quinta-feira, março 09, 2006

Toyota Aygo+ 1.0VVT-I



A Toyota decidiu atacar em força no segmento dos citadinos através da sua última criação, o Aygo. Com 3405mm de comprimento, um design atractivo e um motor de apenas 1000 centímetros cúbicos, o que abona a seu favor num país como o nosso em que a cilindrada se faz pagar, acaba por ser uma boa opção, principalmente para os mais jovens que procuram o seu primeiro “carrinho”.

Se o exterior agrada, então o interior também não se fica atrás, não pela escolha dos materiais (são acima de tudo plásticos duros), mas pela robustez e qualidade da montagem, evitando os ruídos parasitas sempre desagradáveis, bem como pela forma jovial com que se apresenta. A viatura testada continha vários extras como o Sport Pack que acrescenta faróis de nevoeiro, jantes de liga leve (14’’) e um conta rotações redondo que se destaca do resto da instrumentação, bem como o Mobility Pack que atribuí um sistema de navegação Tom Tom.

O motor conta com comando variável das válvulas VVT-I, garantindo uns apreciáveis 68cv. Apesar de o Test drive ter sido bastante curto e de o nosso parceiro de viagem nos refrear algo os ânimos (um responsável da Toyota que nos dava algumas indicações) foi possível verificar alguns aspectos menos positivos: em primeiro lugar o motor é muito pontudo, revelando-se apenas nas rotações mais altas. Se para os jovens mais apressados isto significa alguma diversão, explorando ao máximo a caixa, numa condução normal e sobretudo citadina (o seu terreno de eleição), acaba por desiludir. Isto acentua-se ainda mais com o carro totalmente lotado, como foi o nosso caso, sendo sempre necessário manter o motor numa faixa de regime alta para apresentar desenvoltura. Por outro lado temos o ruído do motor, que apesar de engraçado nos primeiros tempos, acaba por se tornar fatigante durante grandes viagens, sobretudo em auto-estrada, onde o pequeno três cilindros vai mais forçado. A caixa também desilude um pouco, parecendo algo “vaga” na engrenagem, levando o condutor a pensar se terá realmente a mudança seleccionada.

O preço base é de uns modestos 11, 645 euros, mas como a versão testada era a mais equipada, designada por Aygo+, bem como a introdução de outros extras, acabam por fazer elevar a fasquia para os 13, 822 euros. De resto nada a assinalar, resumindo-se num automóvel relativamente confortável e que nunca perde a compostura nas curvas, privilegiando uma condução calma, segura e descontraída.
Contudo, convém pensar bastante na altura da escolha, pois temos o Suzuki Swift aqui bem perto, com um motor 1.3l, que se mostra também uma solução tentadora, principalmente em relação ao design desportivo, o interior interessante, para além de um nível de equipamento igualmente generoso. Vale a pena dar uma "vista de olhos" nos dois concessionários.

  • Nº de cilindros - 3 em linha
  • Mecanismo de válvulas - 12 válvulas DOHC, VVT-I comando por corrente
  • Cilindrada - 998cc
  • Potência Máxima (Cv/rpm) - 68/6000
  • Binário Máximo (Nm/rpm)- 93/3600
  • Velocidade Máxima (km/h) - 157
  • 0 aos 100km/h - 14.2